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24 de julho de 2017

EXPLORAÇÃO, MORTES E FALTA DE DINHEIRO: COMO OS OPERÁRIOS SOFREM NA PREPARAÇÃO DA COPA DO MUNDO DE 2018

Falta menos de 1 ano para a Copa do Mundo da Rússia e os estádios já estão em fase final de construção para receberem o desfile de craques no principal torneio de futebol mundial. Porém, um fator preocupa a Human Rights Watch (Organização dos Direitos Humanos, em português): a exploração de trabalhadores imigrantes nas obras dos locais de competição e infraestrutura para o torneio.

Segundo denúncia da HRW, os operários são submetidos a trabalhar com mais de 25°C – de acordo com estudos, a temperatura mais altas pode prejudicar os trabalhadores em locais abertos e não têm pausa para almoço, ficam sem receber de 2 a 3 meses, não podem questionar as ordens do governo da Rússia (ou protestar contra o mesmo), além de viverem em condições similares a de um campo de concentração, com seguranças e cães protegendo os portões do alojamento.

“Somamos 17 mortes na Rússia durante as obras para o Mundial do próximo ano, outros ficaram feridos de forma tão grave que precisaram voltar ao seu país”, revela Jane Buchanan, diretora da ONG na Europa, em entrevista ao Yahoo Esportes, por telefone. “Os trabalhadores que fizeram denúncias ou reclamaram das condições de trabalho foram detidos até serem ‘devolvidos’ como mercadorias ao seus países de origem.”

Mais de 10 mil trabalhadores estão no processo de construção da Copa do Mundo e grande parte deles são de estrangeiros. Bielorrússia, Tajiquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Sérvia e Turquia são as nações que mais cedem operários para as obras. Sem contrato de trabalho e as condições necessárias, vários homens deixam suas rotinas para trás em busca de dinheiro. E onde está o controle da FIFA?

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