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25 de junho de 2017

GOVERNO TEMER TEM APENAS 7% DE APROVAÇÃO

O governo do presidente Michel Temer (PMDB) é considerado ótimo ou bom por apenas 7% da população, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha divulgada neste sábado (24).

É a menor taxa já registrada por um presidente no país em 28 anos. Somente José Sarney (PMDB) ficou abaixo desse patamar, com 5% em setembro de 1989, em meio à crise da hiperinflação.

A pesquisa, realizada entre quarta (21) e sexta-feira (23), também apontou que a maioria dos entrevistados disse preferir que Michel Temer deixe o cargo, via renúncia ou impeachment aberto pelo Congresso.

A popularidade de Temer, que nunca foi muito alta, despencou com a divulgação de gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, da JBS, indicando suposta ligação de Temer com esquema de corrupção. Além disso, a PF prendeu assessor especial do presidente, Rodrigo Rocha Loures, que foi flagrado após receber uma mala de dinheiro.

A gestão Temer é considerada ruim ou péssima por 69% do eleitorado e regular por 23%. Dois meses atrás, a sua taxa de ruim e péssimo estava em 61% e a de ótimo ou bom, em 9%. Aqueles que o consideraram regular somavam 28% no final de abril.

Na pesquisa, Temer se sai pior do que Dilma Rousseff (PT) às vésperas de sofrer impeachment. Em abril de 2016, a petista tinha 13% de aprovação e 63% de reprovação. Na comparação, em setembro de 1989, Sarney chegou a 68% de ruim ou péssimo e 24% de regular.

O cenário fica mais desfavorável para o presidente Temer entre as mulheres, os jovens e os mais pobres, em comparação com a média da população. Sua taxa de ruim e péssimo chega a 73% entre o eleitorado feminino. No Nordeste, a reprovação a Temer fica acima da média, 77%, e no Sul, abaixo: 61%.

A situação de Temer é pior que a de Dilma Rousseff (PT) às vésperas de ela sofrer impeachment. Em abril de 2016, a petista tinha 13% de aprovação e 63% de reprovação.

Além de Temer, Dilma e Sarney, apenas Fernando Collor atingiu índices tão negativos frente à população. Ele somava 68% de ruim e péssimo, em setembro de 1992, ao sofrer impeachment.

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