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25 de outubro de 2016

ODEBRECHT FECHA ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA E COLOCA POLÍTICOS EM POLVOROSA


Oito meses de idas e vindas nas negociações com o juiz Sérgio Moro, titular do Tribunal Regional Federal (TRF) do Paraná, terminaram nesta terça-feira. O herdeiro da maior empreiteira do país, Marcelo Odebrecht fechou o acordo de delação premiada da empreiteira. 

A informação foi vazada para a mídia conservadora, que cita uma fonte próxima ao processo. Analistas políticos consideram esta como a maior série de acordos de delação já firmados na história jurídica do país.

Além do ex-presidente da empresa, outros 50 executivos se comprometeram a denunciar cada detalhe sobre o esquema de corrupção sustentado pela construtora. As delações premiadas na Operação Lava Jato atingem, frontalmente, os três principais líderes do PSDB. O senador Aécio Neves (PSDB/MG), o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra (PSDB-SP). Todos eles foram citados em delações premiadas e, agora, homologadas no Supremo Tribunal Federal (STF).
 

Acordo abrangente
Tanto o presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, quanto Marcelo Odebrecht confessaram em juízo que os três líderes tucanos receberam propina de esquemas fraudulentos montados na Petrobras e em outras empresas públicas. Os acordos, no entanto, ainda estão aquém da expectativa dos procuradores, embora sejam ainda mais abrangentes.

Diante de tantos delatores, a investigação tende a alinhá-los segundo a hierarquia na escala da corrupção. Prevê-se que, com os novos depoimentos, delatores como Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, e Léo Pinheiro, da OAS, serão novamente chamados. Precisarão explicar os casos de corrupção omitidos, deliberadamente, em suas delações.
 

Em fila 
Fontes próximas à investigação confirmam que as acusações atingem “de forma democrática” líderes de todos os grandes partidos, seja no governo ou na oposição. No caixa dois da Odebrecht não havia distinção partidária ou ideológica, diz a fonte, que garante ter lido o acordo de Odebrecht. A regra, disse a jornalistas, “era exercer o pragmatismo na guerra pelos melhores contratos com a administração pública”.

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