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29 de março de 2016

PARTIDOS ALIADOS DEVEM SEGUIR O PMDB E ABANDONAR O GOVERNO

Com o anúncio do desembarque por "aclamação" do PMDB do governo, partidos da base aliada começaram a dar sinais mais fortes de que também podem desembarcar em breve. O partido do vice-presidente Michel Temer decide se rompe com a presidente Dilma nesta terça-feira, em reunião no diretório nacional. No comando do Ministério das Cidades, o PSD decidiu liberar seus 31 deputados para votar como quiserem em relação ao impeachment. No comando do Ministério da Integração Nacional, o PP cogita fazer o mesmo.

No PSD, a liberação dos deputados teve anuência do ministro das Cidades e presidente do partido, Gilberto Kassab. Dirigentes da legenda preveem que a bancada do partido no Senado, de três parlamentares, também deverá ser liberada. Pelos cálculos de lideranças da sigla, de 70% a 80% da bancada na Câmara deve votar a favor do impeachment. O cálculo foi feito antes da saída de ministros do PMDB e do anúncio prévio de que o desembarque será aprovado por aclamação.

No PP, o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), admite que não terá como segurar suas bancadas na Câmara e Senado, principalmente após o desembarque do PMDB. Na semana passada, o partido já tinha informado Dilma dessa dificuldade. Pelos cálculos da direção do partido, dos 49 deputados da legenda, pelo menos quinze são declaradamente a favor do impeachment e outros 35 "aguardam" definição oficial da presidência da legenda sobre como votar.

No Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o PTB só deve tomar qualquer decisão de liberar a bancada ou desembarcar após o deputado Jovair Arantes (GO) apresentar seu relatório na comissão do impeachment. Apesar de, nos bastidores, a maioria dos dezenove deputados do PTB ser a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff, a sigla quer evitar que qualquer decisão da bancada levante suspeita sobre o trabalho do relator do impeachment, que é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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