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29 de fevereiro de 2012

CABO JEOÁS DIVULGA CARTA E DIZ QUE SUA PRISÃO É INSANIDADE

Cabo Jeoás Nascimento

O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, cabo Jeoás Nascimento, divulgou uma carta falando sobre a sua prisão. Ele está detido no Batalhão de Operações Especiais, após ter mandado de prisão expedido pela Justiça da Bahia, por ter participado do movimento grevista naquele estado.

Confira um trecho da carta:
Acredito que Deus está no controle de todas as coisas e que tudo coopera para o bem daqueles que o adoram em espírito e em verdade. Agradeço a Deus e a nosso Senhor Jesus Cristo pela alegria e paz que habitam em nós e que tem sido a nossa força.

Estou tranquilo e confiante, mas ninguém tem ideia das angústias e das tribulações que tenho enfrentado corajosamente e, às vezes, de forma solitária diante de uma prisão injusta, ilegal e sem nenhuma prova que me incrimine. Meu direito de defesa está sendo cerceado, pois meus advogados não estão tendo acesso ao processo, impossibilitando, assim, minha defesa.

Não tenho a intenção de partidarizar essa retaliação, mas tenho a obrigação de politizar esse debate. Temos, de forma competente e comprometida, conscientizado e mobilizado a nossa categoria a nível nacional na luta pela desmilitarização. Questão que tem ganhado força e apoio da sociedade civil organizada.

Participamos de negociações importantes como mediadores nos conflitos entre a categoria e governos estaduais e assim conquistamos vitórias como: a valorização salarial, a reforma nas legislações, o respeito e a ascensão social, intelectual e financeira. Em alguns estados conseguimos: a definição de carga horária, planos de carreira, ingresso com nível superior, aposentadoria aos 25 anos, paridade de direitos e deveres entre oficiais e praças e entre ativos e inativos e ao término de 2012 a média salarial nacional do policial militar será maior que R$ 2.000.

Em âmbito nacional participamos de debates e articulações estratégicas como a defesa da desmilitarização na 1º Conferência Nacional de Segurança Pública. Tema, que por sinal, foi o mais votado nos debates municipais e estaduais da conferência. Compomos o Conselho Nacional de Segurança Pública, no qual, já encaminhamos temas como: fim da prisão administrativa, financiamento da Segurança Pública, estrutura e condições adequadas de trabalho, matrizes curriculares nacionais e matrizes nacionais de legislação como código de ética e estatuto, dentre outros assuntos. Além de participarmos e construirmos, junto com a Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal, da elaboração das Diretrizes Nacionais de Defesa dos Direitos Humanos dos Profissionais de Segurança.

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